O Sertões 2019 já está levantando muita poeira e fazendo pilotos e público sacudir. Os pilotos já deixaram Campo Grande e vão enfrentar um percurso de 4.887 km rumo a Aquiraz, no Ceará. No primeiro dia de competição do maior rally das Américas, eles seguiram da capital do MS até Costa Rica, percorrendo 487 quilômetros, sendo 437 de especiais (trechos cronometrados).
Quem venceu entre as motos foi Ricardo Martins, piloto da Yamaha, que completou o trajeto de Campo Grande a Costa Rica em 5h1548s. “Sai para andar rápido e sem cometer erros. Chego o primeiro dia ileso e bem.Feliz com o P1 de hoje, mas focado nos próximos dias. Estamos só no começo.”, afirmou o piloto da equipe dos três diapasões.
O 2º colocado foi Tunico Maciel, que terminou o trecho 27 segundos atrás de Martins. Para o piloto da Honda Racing, o início da prova é sempre complicado, já que todos estão com os nervos à flor da pele. “Minha estratégia foi nos primeiros quilômetros conhecer os reais perigos da planilha e entender como a prova ia andar. Em um certo momento, acelerei forte, mas depois entrei na minha zona de conforto, já que estava com receio devido a alguns carros do público que circulavam na especial”, destaca.
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Primeiro piloto a largar entre as motos após vencer o Super Prime na noite do último sábado, Gregorio Caselani, concluiu o percurso em terceiro na geral, seguido de Jean Azevedo, vice do Super Prime e 3º a partir no Sertões 2019. “Não foi como o esperado. A parte técnica ficou muito comprometida. Abri a especial e vinha acelerando bem, quando me deparei com muitos carros dentro do trecho. Também peguei algumas porteiras fechadas, o que atrapalhou o meu desempenho”, lamenta o piloto gaúcho da Honda Racing, campeão do Sertões em 2016.
O heptacampeão Jean Azevedo também teve dificuldades com os veículos que circularam no percurso da prova. “No quilômetro 135, fui passar um carro desses e acabei saindo da estrada. Bati a moto em um cupinzeiro e caí. Com muita sorte, consegui chegar, porque poderia ter jogado ali o meu rali fora”, conta o piloto paulista.
Já Bissinho Zavatti não deu sorte e precisou abandonar. Ela bateu o pé esquerdo com apenas cinco quilômetros de prova e, com muitas dores, ele foi levado ao hospital, onde foi constatada uma fratura no malévolo. “Isso definiu o meu futuro no Sertões deste ano. É a primeira vez que me machuco assim e estou muito chateado, mas são coisas de corrida e preciso levantar a cabeça e olhar para frente”, finaliza o paulista.
Nesta segunda-feira, os competidores partem para a segunda etapa, saindo de Costa Rica, no Mato Grosso do Sul, rumo a Barra do Garça, em Mato Grosso. Serão percorridos 644 quilômetros, sendo 533 contra o relógio, em trechos de areia, cascalho, travessia de rios, serras e retas de alta velocidade.