O GP de Teruel representou a 12ª etapa da Moto2 e da Moto3, enquanto para a MotoGP a prova equivale apenas a 11ª etapa, uma vez que a categoria rainha do Mundial de Motovelocidade não correu no Catar, ao contrário das “irmãs menores”.
A corrida, que também foi realizada no circuito Motorland Aragón, teve muitas disputas, japonês na pole novamente e muitas trocas de posição tanto nas pistas quanto nas tabelas de classificação.
MOTO3
O pelotão que andou na frente e liderou o GP de Teruel era composto por 19 pilotos, que trocaram posições até a última volta. Jaume Masia, que venceu em Aragón na semana passada, repetiu a dose. Ele largou da 7ª colocação e faturou a vitória, que foi a de número 800 da Honda no Mundial de Motovelocidade. Completam o pódio os japoneses Ayumu Sasaki em 2º e Kaito Toba, em 3º.
A corrida teve apenas um incidente que aconteceu na última volta na curva 11 entre os pilotos Tatsuki Suzuki e Sergio Garcia, que se chocaram e ficaram fora da prova. Com o resultado do GP de Teruel, o espanhol Jaume Masia pulou para a 4ª colocação e está a apenas 24 pontos do líder do campeonato, Albert Arenas.
Classificação da Moto3 após 12 etapas:
MOTO2
Sam Lowes fez o famoso “hat-trick” – ou barba, cabelo e bigode – neste final de semana em Aragon. O britânico conquistou a pole position, cravou a volta mais rápida e venceu a corrida que liderou de ponta a ponta! Além disso, Lowes chegou a marca obtida por Phil Read em 1971: vencer três corridas consecutivas na categoria intermediária da MotoGP.
Com o resultado do final de semana, Lowes assume também a liderança do campeonato com sete pontos a frente de Enea Bastianini, que terminou a prova em terceiro, somando pontos importantes para o campeonato. O italiano Fabio Di Giannantonio, que ocupa o 10º lugar no campeonato, largou na 4ª colocação e acompanhou o pelotão da frente até o final, cruzando a linha de chegada em segundo.
Bezzecchi, que ocupa a 4º posição do campeonato, caiu na quarta volta da prova. Já Luca Marini – meio irmão de Valentino Rossi – não vem em boa fase. Ele terminou o GP de Teruel apenas na 11ª posição e ocupa o 5º lugar do campeonato, a 73 pontos do líder Sam Lowes.
Classificação da Moto2 após 12 etapas:
MOTOGP
A Equipe Honda teve neste final de semana tanto com sua equipe oficial Repsol Honda HRC e a satélite LCR Honda Idemitsu momentos de conquistas e frustrações em Aragón.
Os pontos altos foram obtidos por Alex Márquez, que pela primeira vez no ano terminou uma sessão de treinos como o mais rápido, fechando o FP1 na sexta feira com o tempo de 1’48.184, meio segundo à frente do 2º colocado, Takaaki Nakagami. O japonês da LCR Honda também teve seu momento de glória ao conquistar a pole para o GP de Teruel, a primeira de um nipônico desde 2004.
A frustração também veio com Nakagami, que correu por menos de 30 segundos em Motorland. Largando da pole, ele perdeu o controle de sua moto na curva 5 e foi ao chão, abandonando a prova. Alex Marquez vinha mais uma vez fazendo uma bela corrida de recuperação e na volta 13, já estava na quarta posição se aproximando de Alex Rins para brigar pelo pódio.
Na volta 14, na curva 2, Alex Márquez também vai ao chão tirando todas as chances da Equipe Honda chegar ao pódio, já que Crutchlow ocupava apenas a 10ª posição na corrida e Stefan Bradl, que substitui Marc Márquez, estava na décima segunda posição.
Com a queda de Nakagami, Morbidelli assumiu a ponta, controlou a diferença para Alex Rins que era o segundo colocado e cruzou a linha de chegada em primeiro, somando 25 pontos na tabela. Com isso, o italiano entrou definitivamente para a briga pelo campeonato de 2020, ficando a apenas 25 pontos do espanhol Joan Mir, que lidera com 137 pontos.
Mir, mais uma vez se classificou mal, largando apenas na décima segunda colocação. Mas novamente ele fez uma corrida de recuperação perfeita, chega em terceiro e mais uma vez ajudou a colocar suas Suzukis no pódio em 2020.
Classificação da MotoGP após 11 etapas:
Análise do Léo Pereira:
A etapa de Teruel mostrou que o problema de Fabio Quartararo na corrida anterior, também em Aragón, não era apenas a pressão dos pneus, conforme alegado pelo piloto. No último domingo o francês largou em sexto e chegou em oitavo, sendo que três pilotos que estavam a sua frente não terminaram a corrida – Alex Marquez, Takaaki Nakagami e Jack Miller.
Sem contar que Quartararo foi pressionado até pela Aprilia de Aleix Espargaro (antes da moto do espanhol quebrar). Ou seja, o francês poderia ter terminado a corrida na 12ª posição. A inconstância e falta de confiança do piloto francês, pode custar a conquista de seu primeiro título na MotoGP já em seu segundo ano de participação.
E quem ganha com isso é seu companheiro de equipe, Franco Morbidelli, que vem subindo na tabela e já está na quarta posição. Alex Rins, que apesar de estar apenas na quinta posição, é o piloto que mais somou pontos nas ultimas quatro etapas.
Já Joan Mir, que apesar de não ter vencido ainda e não ir bem nos treinos classificatórios, faz sempre boas corridas, é muito constante e preciso na sua “tocada”.
Teruel nos mostrou também que a Ducati ainda vem sofrendo muito com o acerto de sua moto para a 2020, com Petrucci terminando em 10º e Dovizioso apenas na 13ª posição, respectivamente.
Em contrapartida a KTM voltou a ter bom desempenho, terminando com três motos nas dez primeiras colocações. Pol Espargaró novamente fez uma excelente corrida, conquistando um 4º lugar, enquanto Miguel Oliveira foi o 6º e Lecuona o 9º.
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Temos mais três etapas e 75 pontos em jogo para descobrirmos quem será o campeão da temporada 2020. Caso Mir fature o título sem vencer, será apenas a segunda vez que um piloto é campeão sem ganhar uma corrida. O único a conquistar tal feito foi o espanhol Emilio Azamora, que levou o título das 125cc em 1999.