<p><span style="line-height: 1.6em;">Em um domingo ensolarado, com público de quase 140 mil pessoas, o autódromo de Mugello, na Itália, recebeu a sexta etapa do Mundial de Motovelocidade, o GP da Itália.</span></p>
<p>Na categoria principal, a MotoGP, a prova com 23 voltas no percurso de 5,2 km do circuito tinha a Ducati de Andrea Iannone na pole pela primeira vez na carreira, desde que subiu para a MotoGP, em 2013. Curiosidade: é a primeira vez que um piloto italiano com uma moto italiana conquista a pole na Itália em um grande prêmio na categoria principal do Mundial de Motovelocidade desde Giacomo Agostini, em 1972, em Ímola, quando as motos tinha motores de 500 cm³. Hoje elas tem o dobro de cilindrada.</p>
<p><img alt="Andrea Iannone (#29)" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motogp22_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>A segunda posição no grid foi de Jorge Lorenzo, que nos últimos seis anos terminou sempre no pódio, com a vitória, ou em segundo lugar no pódio. Vindo de duas vitórias seguidas nesta temporada, era um dos favoritos a vencer em Mugello e conquistar o "hat-trick" pela quarta vez na carreira. (hat-trick é quando um piloto vence três corridas consecutivas).</p>
<p>A Ducati de Andrea Dovizioso fechou a primeira fila. Abrindo a segunda, Cal Crutchlow era o melhor piloto Honda, pois Marc Márquez fechou em 11º os treinos livres e teve que passar pela "repescagem" do Q1, onde foi superado pela Ducati de Yonny Hernandes e a Suzuki de Aleix Espargaró (que ainda se recupera de lesão na mão) e largou em 13º no grid, sua pior classificação desde que subiu para a MotoGP, em 2013. Valentino Rossi, atual líder da temporada, em seu vigésimo ano no Mundial de Motovelocidade, largou na oitava posição, no meio da terceira fila, a mesma posição que largou nas suas últimas três vitórias na MotoGP, duas delas, nesta temporada.</p>
<p><img alt="Valentino Rossi (#46)" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motogp32_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>O circuito passou por modificações, tendo suas áreas de escape aumentadas, para garantir maior segurança aos pilotos. No warm-up Dovizioso caiu na curva 13, danificando a moto. Crutchlow também caiu e aparentemente lesionou a mão, pois ficou até a hora da largada com gelo na mão direita, a do acelerador e do freio dianteiro.</p>
<p>Na corrida, Lorenzo largou na frente, com Dovizioso e Iannone na bem próximos. Márquez subiu de 13º para quarto, mostrando que a estratégia dele era "tudo ou nada". Faltando 21 voltas, na curva 1 Aleix Espargaró caiu após trombada na Ducati de Danilo Petrucci, no final da reta (manobra sob júdice, que pode gerar alguma penalidade para Petrucci). Lorenzo, Márquez, Dovizioso e Iannone andavam muito próximos. Só Márquez optou por usar pneu com composto duro na frente, para melhorar a estabilidade na frenagem e os demais estavam com pneu médio nas duas rodas.</p>
<p><img alt="Jorge Lorenzo (#99)" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motogp110_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Lorenzo que manteve ótimo ritmo de prova, com regularidade, começou a abrir vantagem e sumiu na liderança isolada. Na grande reta de Mugello, Dovizioso chegou a 345 km/h, enquanto o líder da prova atingiu máxima de 339,5 km/h, mas, faltando 9 voltas, a Ducati de Dovizioso teve problemas técnicos e ele foi para o box. Quem também teve problemas foi Márquez, que na sua estratégia de "tudo ou nada", ficou no "nada" pois perdeu a frente da moto e caiu faltando 6 voltas e não pontua pela segunda vez. Rossi, na sequência da queda de Márquez passou sem dificuldades por Dani Pedrosa e entrou na zona no pódio, em terceiro. Faltando três voltas, a queda de Crutchlow foi outra baixa na Honda, que teve com o quarto lugar de Pedrosa, o único contentamento na etapa italiana.</p>
<p><img alt="Marc Márquez (#93)" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motogp42_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Lorenzo venceu a prova, e empatou com Agostini, com 88 pódios na categoria principal do Mundial. Iannone vibrou muito com o segundo lugar no pódio, sua melhor colocação na MotoGP e Valentino Rossi completou a festa italiana, em terceiro. "Estou feliz, pois foi uma corrida muito difícil e sinceramente, eu não era competitivo o bastante," declarou o piloto, que ainda lidera a temporada, com 118 pontos, apenas 6 a mais que Lorenzo, que na próxima etapa, na Catalunia, corre "em casa" (assim como Márquez). "Esse pode ser o nosso ano. a Yamaha tem cinco vitorias em seis etapas o que mostra como somos competitivos."</p>
<p><img alt="Assim ficaram as 9 primeiras posições da classificação geral da MotoGP, após a sexta etapa" height="467" src="http://carroonline.terra.com.br//motociclismoonline/staticcontent/images/uploads/motogp72_620x467.jpg" style="margin:0 auto; display:block;" width="620" /></p>
<p>Na Moto2, Sam Lowes largou na pole, mas Dominique Aegerter foi quem disparou na frente, até ser superado pelo atual campeão, o piloto Tito Rabat, que venceu pela primeira vez em 2015. Na Moto3, a corrida mais disputada da etapa teve 10 diferentes pilotos na liderança e foi o lusitano Miguel Oliveira, que conquistou sua primeira vitória no Mundial, com a KTM.</p>
<p>A próxima etapa será no dia 14 de junho, na Catalunha.</p>