Tudo que tem um começo tem um fim. Você já deve ter ouvido essa frase em algum momento da sua vida. Na MotoGP, categoria principal do Mundial de Motovelocidade, também vale. No último domingo, dia 14, foi realizada a terceira etapa da temporada, no Texas, Estados Unidos. O favorito obviamente era Marc Márquez #93 (Honda oficial), que venceu o GP das Américas nas últimas seis temporadas! No sábado, conquistou a pole position, dando a entender que teríamos mais do mesmo. Uma vitória de Márquez e uma corrida “monótona”, sem disputas de posição. Um grande engano!
No domingo, sol, calor e pista seca. Largam as motos na MotoGP com Márquez mantendo a liderança, seguido por Valentino Rossi #46 (Yamaha oficial), Cal Crutchlow #35 (Honda satélite) e Jack Miller #43 (Ducati satélite), que mantiveram suas posições do grid de largada por muitas voltas. Alex Rins #42 (Suzuki oficial) largou em sétimo e subiu para quinto lugar na largada, seguindo os quatro primeiros de perto. Para Maverick Viñales #12 (Yamaha oficial) e Joan Mir #36 (Suzuki oficial), logo saiu o aviso de punição por queimarem a largada, então as chances de pódio para os dois foi eliminada antes dos demais.
Para piorar a situação do Viñales, uma falha de comunicação da equipe Yamaha com o piloto 12 o fez cumprir sem necessidade a punição de “volta mais longa”, que é quando o piloto sai do traçado da prova e percorre um trecho maior, perdendo assim tempo para os rivais. A punição correta foi paga na volta seguinte, nitidamente muito contrariado, já que lá na frente, Rossi estava na disputa, com chances de vencer a prova. Vinãles ainda não conseguiu provar seu potencial na Yamaha.
Faltando 15 voltas — de 20 no total —, começam as emoções. Crutchlow buscava o segundo lugar de Rossi na prova, quando caiu sozinho na curva 11 e abandonou a prova. Três voltas depois, Márquez, que chegou a abrir 4 segundos de vantagem sobre Rossi, também caiu sozinho. Tentou voltar, mas a moto não funcionou. Fim de prova para o atual campeão e fim do reinado no circuito das Américas! Para desespero da Honda, voltas após a queda de Márquez, foi a vez de Jorge Lorenzo #99 (Honda oficial) abandonar a prova, por falha mecânica na moto.
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Com Márquez fora, Rossi herdou a liderança da prova e viu a chance de voltar a vencer uma etapa da MotoGP. Mas para o azar do piloto italiano, atrás dele estava um motivado Rins, em busca da primeira vitória na MotoGP. A briga entre as azuis Yamaha e Suzuki ficou isolada, pois Miller não conseguiu acompanhar o grupo e ficou no terceiro lugar, sem riscos, até o fim da prova.
Rins seguiu Rossi por oito voltas — estudando o rival e/ou poupando seus pneus — até atacar quando faltavam quatro para o fim da corrida. Rossi tentou contra atacar, mas Rins fez o “X” no piloto Yamaha e manteve a liderança até a linha de chegada, vencendo pela primeira vez com na MotoGP — superando a forte Yamaha e Valentino Rossi em prova com pista seca — e dando para a Suzuki a primeira vitória desde o circuito de Silverstone, em 2016, quando o piloto era… Maverick Viñales! Sem dúvida, um dia memorável para o espanhol Alex Rins.
Rossi conquistou o segundo pódio consecutivo, com outro segundo lugar — um importante resultado pensando na temporada longa pela frente — e Miller, em terceiro, fez seu primeiro pódio com a Ducati. Lembrando que foi o melhor piloto Ducati em todos os treinos e o melhor piloto Ducati na prova. Andrea Dovizioso #4 (Ducati oficial) finalizou a prova em quarto, e com o tropeço de Márquez, sem pontuar, reassumiu a liderança, com 54 pontos.
Franco Morbidelli #21 (Yamaha satélite) foi o quinto e Danilo Petrucci #9 (Ducati oficial) finalizou pela terceira vez em sexto lugar. Precisará melhorar seus resultados, se deseja se manter na equipe Ducati oficial. Petrucci está apenas 1 ponto na frente de Miller na classificação geral e o seu contrato é de apenas 1 ano.
Na classificação geral, Dovizioso lidera com 54 pontos, Rossi é o segundo com 51 pontos e Rins é o terceiro com 50 pontos. Márquez caiu da liderança para quarto lugar, com 45 pontos, nove pontos atrás do líder. A próxima etapa, quando o Mundial chega à Europa, será em Jerez de La Frontera, na Espanha, no dia 5 de maio.