Ele começou a carreira no motocross e depois migrou para as competições de enduro. Vitor Borges, piloto mineiro da cidade de Patrocínio, foi um dos quatro brasileiros que participaram da equipe principal do Brasil no Six Days, uma das mais tradicionais competições de enduro do mundo que teve a edição de 2019 realizada em Portugal no mês de novembro.
Além da participação no Six Days, o piloto da MXF Motors foi vice-campeão Brasileiro de Enduro FIM em 2019 na categoria E4 Pro, com um ponto a menos do que o campeão, Anderson da Luz. Conheça um pouco da trajetória de Vitor Borges na entrevista:
Como e por que começou a praticar enduro?
Iniciei minha participação em provas de enduro, por incentivo do meu pai e paixão por motos e competições. Minha carreira como piloto começou no motocross, onde conquistei alguns títulos importantes, mas em 2011 migrei para o Enduro, modalidade que hoje me dedico e sou apaixonado.
No mês de novembro você integrou a equipe brasileira no Six Days, em Portugal, competição que é considerada a copa do mundo do Enduro FIM. Como você recebeu esta notícia?
A oportunidade de participar dos Six Days veio a partir do apoio do meu pai, junto a MXF, que me proporcionaram realizar esse sonho, sou muito grato a eles por ter participado do Six Days esse ano, competição considerada a Copa do Mundo de Enduro, onde estavam os melhores pilotos do mundo.
Como eram as provas especiais e deslocamentos? Havia mais estradas ou trilhas fechadas com alto nível técnico e CH (controle de horários) apertados?
Os deslocamentos do Six Days não têm tanta dificuldade técnica, só um lugar ou outro. A maior dificuldade está na quantidade de motos que passam no lugar, e as cavas, buracos que ficam por toda parte, não há nenhum metrô se quer, liso e sem buraco! As especiais são em sua grande maioria rápidas, de velocidade, mas com muito, muito buraco por toda parte! CH com tempo bem justo, se não andar em um bom ritmo, fluindo, sem cair e errar, não chega no tempo proposto.
Qual a principal dificuldade durante os seis dias de prova? E como terminar um dia extremamente cansativo e ainda ter que trocar pneu em poucos minutos?
Pra mim o maior desafio dos 6 dias de prova foi a quilometragem rodada por dia, foram quase 300 quilômetros por dia, tornando a prova muito cansativa. Não só fisicamente, mas também mentalmente.
Quais as principais diferenças entre as competições de Enduro no Brasil e a prova em Portugal?
Com certeza a maior diferença é o nível técnico dos pilotos lá fora. No geral esse nível é bem maior do que no Brasil, mas estamos em constante evolução, e esse ano tivemos bons tempos comparados aos melhores do mundo. Prova que o Campeonato Brasileiro está evoluindo, as provas estão em um bom nível, e os pilotos vem crescendo junto. Estamos no caminho certo, é só uma questão de tempo para chegaremos lá.
Em 2020 pretende explorar alguma outra modalidade do off-road como rally ou hard enduro?
Para o próximo ano tenho como objetivo principal o Campeonato Brasileiro de Enduro. Novas oportunidades estão por vir e quero me dedicar e dar o meu melhor, para ter o resultado desejado. Algumas provas além do Campeonato podem ser feitas, mas nada confirmado, a dedicação e foco vai ser mesmo no Brasileiro de Enduro.
Veja também:
Em parceria com Pro Tork, KTM lança equipes para 2020
Hector Assunção participa do AMA Supercross
Inscrições abertas para o Rally Cerapió 2020