O curitibano Lincoln Berrocal vem encarando de frente as dificuldades da principal prova off road do mundo e segue firme em seu objetivo: completar o desafio na Arábia Saudita. Ele, que tem 61 anos e é considerado idoso pela legislação brasileira, vem dando uma amostra de jovialidade ao mundo. O paranaense é o único brasileiro a acelerar nas motos no Rally Dakar, que começou em 5 de janeiro e termina nesta sexta-feira, 17 de janeiro, na Arábia Saudita.
Esta é sua segunda participação na competição e a missão é clara: completar todo o desafio, cumprindo cada uma de suas etapas. Assim, está encarando cerca de oito mil quilômetros de percurso, sendo mais de cinco mil na areia e com dunas de até 200 metros de altura. Além do roteiro, outra pimenta dessa receita é a temperatura, com sensação térmica variando de -20ºC a mais de 40ºC em um só dia.
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Para Lincoln, o Oriente Médio está sendo desafiador. “Não esperava tantas dificuldades, que inclusive estão deixando vários pilotos pelo caminho. Só posso imaginar o restante do rali com ainda mais pedreiras do que já tivemos. Meu objetivo é chegar ao final, representando dignamente meu país e agradecendo ao patrocínio da Pro Tork, que sempre acreditou em mim”, destaca o empresário e atleta amador.
Ao todo, 351 veículos integram a prova, representando 53 nações. O Dakar surgiu em 1979 e, em sua primeira fase, desbravou Europa e África. Na sequência, de 2009 a 2019, ocorreu na América do Sul e agora inicia seu terceiro estágio, percorrendo pela primeira vez exclusivamente um país do Oriente Médio, a Arábia Saudita.
No momento, Berrocal ocupa a 67ª colocação geral entre as motos. Na 11ª e penúltima etapa da competição, ele terminou no 65º lugar da categoria, completando o estágio de Shubaytah a Haradh em 05h55min52s. Nesta sexta-feira, os pilotos partem de Haradh até Qiddiya, com 374 quilômetros de trechos cronometrados e 73 de deslocamento para a zona final do Dakar 2020.