Ricky Brabec venceu pela primeira vez o Rally Dakar e tornou-se o primeiro norte-americano campeão da prova, colocando fim a uma hegemonia de 18 anos da KTM, que venceu todas as edições da maior prova off-road do mundo entre as motos de 2001 até 2019. Tudo isso acontece oito anos após o retorno da equipe oficial da Honda, que havia conquistado o Dakar pela última vez em 1989, com o francês Gilles Lalay.
Com sua CRF 450 Rally, Brabec assumiu a liderança da prova após vencer a terceira especial da prova, em Neom, e não largou mais. O piloto da Honda ainda venceu a sexta etapa, entre as cidades de Ha’il e Riad.
Nos estágios seguintes ele foi administrando sua vantagem em relação ao chileno Pablo Quintanilla, da Husqvarna, que finalizou na 2ª colocação, com 16 minutos de atraso. Fecha o pódio o australiano Toby Price, campeão em 2019, que com sua KTM concluiu a prova com 24 minutos de atraso sobre Brabec.
Único brasileiro nas motos, Lincoln Berrocal conseguiu atingir seu principal objetivo, que era o de completar o maior rally do mundo. O piloto paranaense de 61 anos terminou o último estágio, de Shubaytah até Haradh em 2h07min18s. No ranking geral das motos, ele fechou a prova com mais de 19 horas de atraso em relação a Brabec.
Entre as mulheres, a melhor colocada foi a espanhola Laia Sanz, que concluiu o Dakar 2020 em 44h00min52s, levando cerca de 4 horas a mais do que o campeão e finalizando a caravana na 18ª colocação geral das motos.