Em janeiro tivemos 85.839 motos emplacadas, número que representa uma baixa de 6,38% sobre o mesmo mês de 2020 e de 13,14% sobre dezembro passado, meses que contabilizaram 91.691 e 98.829 unidades emplacadas, respectivamente. As informações são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, a Fenabrave.
Segundo o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior, o mês foi impactado pela paralisação das fábricas localizada em Manaus, além da falta de peças e componentes. “O estoque de motos nas concessionárias tem estado extremamente baixo. Para alguns modelos, a espera chega a até 60 dias”, comenta.
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O executivo lembra que a demanda por motos segue aquecida no país, apesar do recuo em janeiro, visto que a motocicleta se consolidou como veículo de transporte pessoal e de carga, dado o incremento das vendas do e-commerce. “Temos esses fatores e a boa oferta de crédito pelas instituições financeiras, que estão aprovando 45% das propostas apresentadas”, avalia o o presidente da Fenabrave.
Na participação por marcas temos a Honda na liderança, com 65.519 motocicletas emplacadas no período, com a Yamaha na segunda colocação, contabilizando 15.486 unidades. Na terceira colocação aparece a Shineray, com 778 motos emplacadas – 46 a mais do que a BMW Motorrad e 134 a mais do que a Haojue, 4ª e 5ª colocadas do ranking da Fenabrave.
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Já os emplacamentos de veículos novos considerando todos os segmentos – automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros – somaram 274.093 unidades em janeiro, o que representa uma baixa de 8,16% na comparação com janeiro do ano passado e de 24,52% sobre dezembro, meses que tiveram 298.459 e 363.142 unidades emplacadas, respectivamente.
Além dos problemas provocados pela Covid-19, que prejudica o funcionamento das concessionárias e a cadeia produtiva, Alarico Assumpção Júnior destaca que a alta do ICMS em São Paulo também contribuiu para a retração nos emplacamentos durante o mês de janeiro. O executivo lembra que o estado responde por mais de 23% das vendas de veículos novos e cerca de 40% das transações de seminovos no país.
“Para se ter ideia, em São Paulo, a alíquota do ICMS, sobre veículos novos, passou de 12% para 13,3%, e, para os veículos usados, o aumento foi de 207%, saltando de uma alíquota de 1,8% para 5,52%. Além disso, com a fase vermelha no estado, as Concessionárias ficaram impedidas de funcionar, para vendas, no último final de semana do mês. Podemos ter a dimensão dos estragos que essas medidas estão fazendo, tanto para empresários como para a população em geral, que vai pagar mais pelos carros e ainda correr risco de perder o emprego”, comenta o presidente da Fenabrave.
Veja abaixo a galeria das 20 motos mais emplacadas em janeiro, segundo os números da Fenabrave:
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