A Katana foi um dos modelos de maior sucesso da Suzuki nos anos 1980, criando repercussões e tendências, mas uma coisa é fato, ela chegou causando alvoroço no mercado e conquistou uma enorme legião de fãs, então esta reedição tem todas as pretensões de agradar aos saudosistas que não abrem mão de alto desempenho.
A história da Suzuki Katana é bem atípica dede o seu nascimento, a começar pelo projeto, que não é da montadora japonesa e sim, de uma empresa alemã que trabalhava em um modelo conceitual baseado na MV Agusta 4 cilindros de 1979.
A Suzuki se interessou pelo projeto e decidiu comprá-lo e colocá-lo em produção. Então, a Katana foi lançada em em meados de 1981, causando enorme alvoroço no mercado com seu design inovador e futurista.
Ela trazia os benefícios de uma ergonomia bem apropriada para uma tocada esportiva e uma posição de pilotagem arrojada com o piloto bem encaixado e engajado com a motocicleta e com boa proteção contra o vento. Vinha equipada com um motor de quatro cilindros em linha de 1.100 cilindradas de 111 cavalos de potência que permitiu que ela fosse a motocicleta mais rápida do mundo.
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Carenagem, tanque integrado ao assento, semi guidões, pedaleiras recuadas e um motor possante são os detalhes que seriam referência de moto esportiva dali para frente, mas seis anos após o lançamento da Katana, a Kawasaki define para sempre o que seria motocicleta esportiva com dotes de corrida ao apresentar a primeira Ninja em 1986, a GPZ 900R, com um motor de quatro cilindros em linha refrigerado a liquido e uma concepção totalmente nova sem aproveitar nem um parafuso de outra motocicleta.
O visual característico da Katana com o pequeno farol quadrado encrustado na semi carenagem durou até 1985. Em 1986 veio a primeira mudança no visual com a retirada do farol quadrado, mas o público não gostou das mudanças e então o modelo 1987 volta a adotar o farol característico do primeiro modelo.
De 1988 até 2006 o nome Katana vinha estampado na Suzuki GSX 750F do mercado americano, com um visual que nada lembrava o primeiro modelo icônico.
Em 2005, a Suzuki mostrou um protótipo com motor de seis cilindros de 180 cavalos de potência chamado Stratosphere com o visual fortemente inspirado no primeira Katana, mas o projeto foi abortado e não chegou ao mercado.
Seguindo a tendência do mercado atual, com a forte aceitação do público por modelos retrô, a Suzuki relança a Katana em 2018 com o visual rebuscado do primeiro modelo e o resultado, no mínimo espetacular, foi muito bem aceito pelo público. Asssim como no seu lançamento, ou você odeia a Katana ou você a idolatra.
A nova Suzuki Katana é essencialmente uma GSX-S 1000 com um body kit diferente. É como se a GSX-S 1000 atual fosse numa festa a fantasia com o tema dos anos 1980. O motor é basicamente o mesmo da GSX-R de 2005 com novos comandos de válvulas que visam o torque em médias rotações e um aproveitamento melhor da queima para atender às novas normas de emissões. Mesmo amansado ele rende 150 cavalos de potência máxima.
O chassis de alumínio de dupla trave da GSX-R 1000 K5 com o motor fazendo parte da estrutura, recebe suspensões e freios aprimorados, rodas de liga leve, painel digital LCD e iluminação em LED, suavemente incorporados ao estilo anos 1980, sem comprometer o legado Katana.
A suspensão dianteira invertida tem nova calibragem pelo fato do maior peso na dianteira devido à nova posição de pilotagem, pinças de freios Brembo com fixação radial e um guidão de uma única barra fazem da Katana uma motocicleta diferente da GSX-S, com uma tocada mais fácil, conforme a Suzuki. As alterações nos ajustes do motor proporcionam respostas mais mansas e mais apropriadas para rodar na cidade nos deslocamentos diários, mas a performance do conjunto é apimentada o suficiente para aquelas esticadas rápidas para aumentar a adrenalina.
Quanto ao estilo há controvérsias, mas a Katana é um mito e ela realmente vai atender muito bem aos apaixonados pelo estilo clássico incorporado a um pacote de qualidade tecnológica mecânica e eletrônica. A receita parece perfeita, assim como fizeram a Honda com a nova CB 1000R Neo Sport, a Kawasaki com a Z 900RS e a BMW com a R-Nine-T.