Os fabricantes de motocicleta no Brasil estão otimistas quanto ao desempenho do mercado em 2019. Passado o primeiro trimestre, a Abraciclo, entidade que representa o setor, reconsiderou a projeção de produção e vendas no ano.
A associação estima produção de 1.100.000 motocicletas neste ano, contra 1.080.000 da projeção anterior, ou seja, 6,1% a mais na comparação com 2018. Em volume, representa 20 mil unidades. As vendas no atacado também foram recalculadas. Agora, a expectativa é que chegue a 1.060.000, o que representa 10,7% superior no confronto com o ano passado. Antes, a Abraciclo falava em 7,7% de crescimento.
No varejo, as projeções passaram de avanço de 6,2% para 8,5%, o que significa 1.020.000 motocicletas emplacadas, de acordo com os números da Abraciclo. Em unidades, seriam 22 mil motos a mais frente a 2018.
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As exportações, porém, foram revistas para baixo. A entidade falava em 49 mil motos enviadas ao mercado externo, mas, diante da nova realidade, baixou para 40 mil, número 41,2% menor na comparação com 2018.
“A retomada do setor de motocicletas no mercado interno no primeiro trimestre superou as expectativas. A estabilidade das taxas de juros no menor patamar histórico e a ampliação da oferta de crédito pelos bancos têm contribuído para a recuperação mais acelearada do setor. Já em relação às exportações, o recuo está diretamente relacionado à redução dos embarques para a Argentina, principal destino das motocicletas fabricadas no Polo Industrial de Manaus”, falou Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.
Segundo a Abraciclo, os motivos para o crescimento do mercado no primeiro trimestre do ano passam pela confiança do consumidor, que vem subindo, elevação do crédito e redução da inadimplência, além da maior disponibilidade de motocicletas na rede de concessionárias, e a procura dos clientes por modelos novos e tecnológicos.