As vendas de motocicletas novas registradas no mês de maio são prova de que o mercado segue o ritmo de recuperação desejado para cobrir números ruins do ano passado. No último mês, ainda que o País tenha sofrido os efeitos da greve dos caminhoneiros, o que resultou em uma leve queda nos modelos vendidos em relação a abril, o resultado ainda foi maior do que o registrado em 2017, segundo divulgado pela Abraciclo, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.
Ao todo, com base nos dados do Registro Nacional de Veículos Automotores, o Renavam, vendas no varejo totalizaram 81 238 unidades em maio, correspondendo a aumento de 2,1% sobre as 79 533 computadas no mesmo mês de 2017. Entretando, quando comparamos com abril de 2018, no qual foram vendidas 82 118 motos, houve retração foi de 1,1%. “Na primeira quinzena de maio a média diária estava acima de 4 mil motocicletas, volume que acabou caindo no fim do mês em função dos impactos da paralisação dos caminhoneiros. Mesmo assim, foi algo pontual”, diz Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo. De acordo com o executivo, o que fica de mais importante nesta evolução constante das vendas diárias é a plena recuperação do mercado nacional de motocicletas. “Isso estanca os seguidos recuos que vinham desde 2012”, diz ele.
A produção também cresceu no período. Em maio, saíram das linhas de produção das empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) um total de 96 607 unidades, alta de 24,3% sobre o mesmo mês do ano passado (77 730) e de 9,3% na comparação com abril (88 422). O bom momento, tanto nas vendas no varejo como na produção de motocicletas, ainda pode fazer a Abraciclo rever positivamente suas projeções. “O que mais assistimos neste período foi a contínua ascensão dos negócios no mercado nacional e tudo indica que as projeções serão revisadas para cima”, comenta Fermanian. No início de 2018, a previsão divulgada pela entidade apontava um crescimento de 5,9% para a produção total do ano, chegando a 935 mil unidades, em comparação com as 882 876 unidades fabricadas em 2017.