Embora tenha registrado crescimento no Brasil em 2017, as vendas da Harley-Davidson como um todo não foram muito bem no ano passado. De acordo com o comunicado divulgado pela marca nos últimos dias, a marca registrou uma queda global de 6,7% em relação a 2016. Ao todo, a Marca de Milwaukee comercializou, em 2017, 242 788 motocicletas em todo o mundo contra 260 289 vendidas em 2016.
O mais preocupante é que a Harley caiu em seu principal mercado, os Estados Unidos. Somente em casa, a retração nas vendas foi de 8,5% quando comparadas com o ano anterior. Esse resultado negativo fez com que a marca repensasse sua estrutura fabril no país, com o fechamento de sua linha de montagem em Kansas City e a transferência suas atividades para planta localizada em York, na Pensilvânia.
“A decisão de encerrar as atividades de nossa linha de montagem foi tomada após considerações cuidadosas. Nossa planta de Kansas City vai deixar um legado de segurança, qualidade, colaboração e liderança em processos fabris”, disse o presidente e CEO da Harley-Davidson, Matt Levatich. Segundo a imprensa norte-americana, com a operação, a fábrica de York deve ganhar mais 450 postos de trabalho, mas o fechamento da planta no Kansas deve demitir por volta de 800 colaboradores.
Em contrapartida, o balanço oficial da H-D trouxe uma boa notícia para quem está ansioso pela moto elétrica Livewire. Segundo o comunicado, o projeto continua em desenvolvimento e deve ser lançado dentro de 18 meses. “O mercado de motos elétricas ainda está engatinhando”, comentou Levatich. “Mas, a medida que vamos expandindo nosso conhecimento no assunto e nos comprometendo cada vez mais, ficamos ainda mais ansiosos sobre o papel que as motos elétricas terão no crescimento de nossos negócios”, finalizou o chefão da Harley.