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Ducati revela Panigale V4 e muito mais em Milão

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  • Publicado: 06/11/2017
  • Por: Redação

A MOTOCICLISMO está mais uma vez em Milão, na Itália, para conferir a edição 2018 do EICMA, o Salão de Motos de Milão que acontece na cidade anualmente. O Salão mesmo começa no dia 7, mas a Ducati fez uma apresentação especial na noite deste domingo, dia 05, com as principais novidades do seu line-up para 2018. Em quase uma hora, a Casa de Borgo Panigale exibiu novidades já mostradas, outras antecipadas e até modelos que foram uma total surpresa para os presentes.

Entre as motos que já havíamos mostrado, está a nova cor para a custom XDiavel e os upgrades para a naked Monster 821. Já entre as que havíamos antecipado, está a Multistrada 1260, que, como comentamos agora conta com o propulsor bicilíndrico em L de 1.262 cm³ com comando variável (DVT), vindo diretamente da custom italiana. “Ela é o encontro perfeito entre o desempenho e o conforto, disse o CEO da marca, Claudio Domenicali, durante a apresentação.  

Na nova Multistrada 1260, o motor é capaz de gerar até 158 cv de potência máxima a 9.750 rpm, enquanto o torque máximo é de 13.2 kgf.m a 7.500 rpm. A Ducati enfatizou que 85% do torque está distribuído em médias rotações, entre 3.500 e 5.500 giros. No design, pequenas mudanças em relação à atual geração da maxitrail e não fosse pelo escape duplo do lado direito, não seria difícil passar despercebida como uma nova moto.

Já o cardápio eletrônico é bem vasto e ainda maior na versão S. A nova Multistrada traz como itens de série: quatro modos de pilotagem, Unidade de Medida Inercial (IMU), freios ABS de atuação em curvas, controles de tração e wheeling e o VHC (Vehicle Hold Control), que quando ativado, aciona automaticamente o freio traseiro para segurar a moto, enquanto o piloto pode focar no câmbio e na aceleração. Algo bastante útil em aclives. No modelo mais completo, esses itens ainda recebem o apoio do câmbio assistido quickshift, para subir e descer marchas sem acionar a embreagem, a suspensão semi-ativa Skyhook e um belo painel colorido TFT.  

Agora na Multistrada 1260 S Pikes Peak, nomenclatura que a Ducati trouxe de volta para a linha, muitas partes em fibra de carbono, como a carenagem lateral, para-lama dianteiro, escape – feito pela Termignoni e faróis em LED responsivos para curvas. Além dos itens já presentes na versão S.

Família Scrambler aumenta

Além da roupagem Mach 2, idealizada pelo customizador Roland Sands e uma nova cor preta para a Scrambler Desert Sled, a marca italiana aumentou a família com a nova Scrambler 1100, uma das grandes surpresas da noite. Com design bastante semelhante ao do modelo de 800 cm³, a nova 1.100 traz dois escapes mais altos, que remetem à gerações antigas da Monster.

O motor também é outra herança das nakeds antigas da Ducati. Com os tradicionais dois cilindros em L, o propulsor tem 1.079 cm³ e é arrefecido a ar, sendo capaz de gerar 86 cv de potência máxima a 7.000 rpm e por volta de 9 quilos de torque em apenas 4,750 giros. Mas,se o design e o motor remetem ao passado, a nova Scrambler tem tecnologia atual, como os três modos de pilotagem, controle de tração e o ABS de atuação em curvas. A moto virá em três versões: Standard, Special e Sport, que se diferenciam entre si apenas por detalhes cosméticos e também pelas suspensões ajustáveis Öhlins na mais esportiva.

Superbikes em evidência

A apresentação das superbikes começou com a 959 Panigale Corse, uma versão com especificações e mecânica mais refinada do modelo peso-médio da Ducati. Mas, o que todo mundo queria mesmo ver era a nova Panigale V4, equipada com o recém-apresentado motor Desmosedici Stradale. E, mesmo com visual já vazado em fotos de testes, ela mostrou aonde a marca pode chegar em termos de potência e eletrônica.

O tetracilíndrico em V de 1.103 cm³ é capaz de gerar até 214 cv de potência a 13.000 rpm e 12,6 kgf.m de torque a 10.000 giros, o que, segundo a Ducati, faz dela uma superbike fácil de ser domada. No campo eletrônica, a grande novidade é o Ducati Slide Control, que se junta a todos as assistências possíveis de imaginar, como ABS, quickshift e etc. O sistema atua com a Unidade de Medida Inercial e com o controle de tração para definir o quanto é possível derrapar com a roda traseira de forma mais precisa. Tudo isso pesando 195 kg em ordem de marcha. A moto ainda estará disponível em uma versão S que adiciona suspensões Öhlins e rodas em alumínio.

“Em outra situação, diria que terminamos a apresentação, mas ainda temos uma novidade de outro mundo”, disse Claudio Domenicali antes de revelar a Panigale V4 Speciale, a grande estrela da noite. Em uma roupagem tricolor, a moto traz partes em fibra de carbono e um kit de performance feito pela Akrapovic capaz de levar a moto a impressionantes 226 cv de potência máxima! Como toda essa potência não é para todo mundo, a moto terá apenas 1.500 unidades produzidas. E nós não vemos a hora de colocar as mãos no guidão e ver do que ela é capaz em um teste.

A MOTOCICLISMO segue cobrindo o EICMA e traremos mais novidades aqui no site e nas páginas da nossa próxima edição. Fique ligado!

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