A Ducati anunciou a chegada da maxitrail Multistrada 950 ao Brasil por R$ 59.900. O modelo já havia sido confirmado para o País pela marca italiana no início do ano e estará nas concessionárias na segunda quinzena de novembro nas cores vermelha e branca, esta última cor prevista para chegar apenas em 2018. A Ducati do Brasil ainda frisa que, neste ano, serão disponibilizadas apenas 100 motocicletas produzidas em 2017. Então, os interessados em comprar a moto ainda neste ano, devem correr para fazer a pré-compra no site especial da marca.
O novo modelo ainda traz vários pacotes de opcionais, como o Urban, composto por top case, bolsa do tanque com trava e entrada USB para carregamento de dispositivos eletrônicos e que sai por R$ 4.320,00; o Sport, com escapamento homologado Ducati Performance da Termignoni, encaixes de alumínio para o quadro e tampa do reservatório de fluido do freio dianteiro também em alumínio, cujo preço é R$ 8.110,00; Enduro, que traz luzes de LED complementares, componentes Ducati Performance da Touratech: barras de proteção do motor, protetor em alumínio do radiador, protetor inferior em alumínio,base maior do pedal e estribos off-road para o piloto, vendido por R$9.000,00 e o pacote Touring, cujo preço é R$ 5.430,00 e traz malas laterais e cavalete central.
Lançada depois das versões mais recentes da Multistrada 1200, a moto traz não apenas com soluções simplificadas da 1200 DVT, mas também com itens práticos da versão Enduro, como o banco, as alças do garupa e o bagageiro, que são os mesmos. Ela também conta com balança da suspensão traseira convencional de duplo braço, mas evidentemente o amortecedor é mais simples que o da Enduro. Carenagens, bolha e visual geral são muito parecidos com os da primeira versão das 1200, quando as entradas de ar sob o farol eram pretas.
O motor, é praticamente o mesmo da Hypermotard 931 e da nova SuperSport, um L2 com arrefecimento a líquido de exatos 937 cm³, capaz de render 113 cv a 9,000 rpm, com estúpidos 9,8 kgm.f de torque máximo a somente 7.750 rpm, ou seja, ela pode até ser mais fraca que a 1200, mas, se comparada com outras maxitrail de 800 cm³ ou até de 1 000 cm³, tem potência e torque de sobra.
O disco de freio traseiro é grande, com 265 mm de diâmetro, propositalmente porque, para uma moto que vai receber carga na traseira, ela necessita de um poder de frenagem maior atrás, mais equilibrado. Todavia, uma grande mudança nas 950 em relação as 1200 foi a adoção de aro 19” na dianteira. Comparado com o de 17” da irmã maior, o aro 19 faz os buracos ficarem menores, oferece muito mais segurança na terra e ainda temos uma grande opção de pneus mistos para viagens mais aventureiras. As suspensões são mais simples, mas não menos eficientes — um par de bengalas Kayaba, com 170 mm de curso na dianteira — e ainda contam com todas as regulagens possíveis. Na traseira, o amortecedor possui regulagem manual para regulagem da pré-carga da mola.
O painel é novo, diferente de qualquer outra Ducati. Não conta com tecnologia TFT, mas é todo digital, completo nas informações e facilita a escolha das opções de set up, afinal são quatro mapas diferenciados de injeção: Touring, Sport, Urban e Enduro, mais três níveis de ABS e mais oito de controle de tração. É interessante a maneira que a Ducati encontrou para deixá-la superequipada e mais barata que a 1200.
Os espelhos, por exemplo, são iguais ao da Enduro, mas a bomba de freio é axial, e não radial, e a embreagem não tem acionamento hidráulico. Não seria exagero afirmar de que tudo que a nova Multistrada 950 precisava a fábrica de Bolonha tinha na prateleira, era só organizar de uma maneira diferente. O resultado fi cou sensacional, pois a Multistrada 950 com seus 113 cv, 227 kg de tanque cheio (20 litros) é uma delícia. Roda suave, não oscila rotações e gosta de manter baixos e médios giros sem perder vigor quando solicitada. Freia espetacularmente bem, é ágil, linda e econômica. E o melhor de tudo, custa muito menos que a 1200.
Texto: Eduardo Zampieri