Depois de revelar uma renderização com o visual que usará em seu protótipo da Moto2, a MV Agusta revelou nesta semana a moto pronta. E com direito a vídeo mostrando o processo de montagem do modelo que vai para as pistas no ano que vem em parceria com a Forward Racing, que é a atual equipe do brasileiro Eric Granado e do italiano Stefano Manzi. Veja abaixo:
O coração é inglês, o motor Triumph que equipará todas as motos do grid em 2019, um tricilíndrico em linha de 765 cm³ com controle de gestão eletrônica Magneti Marelli REX 140. A embreagem é uma FCC e o sistema de escape será um 3×1, de titânio, desenvolvido pela SC. Mas, na ciclística sim, encontramos a mão italiana com o tradicional chassi tubular de aço e subchassi de alumínio estrutural moldado em CNC, que também é a matéria-prima da balança. As suspensões são Öhlins e as rodas são OZ forjadas. Entre as poucas informações técnicas divulgadas estão a distância entre eixos de 1 382 mm e a geometria da suspensão dianteira, com cáster de 24° e trail de 104 mm. O tanque de combustível comporta 24 litros e o peso cheio da moto é de 217 kg.
A volta ao Mundial de Motovelocidade é um antigo desejo da MV Agusta, e o novo regulamento da Moto2 foi o impulso que faltava. “Já faz alguns anos que estamos pensando em retornar ao Mundial de Motovelocidade, e com as novas regras da categoria de Moto2 para 2019 é a oportunidade perfeita para expressar o nosso know-how técnico, que desenvolvemos durante os últimos seis anos em que corremos nos Mundiais de Superbike e Supersport. O projeto Moto2 é ambicioso e estamos envolvendo todos os nossos recursos de P&D e a nossa experiência em corridas para desenvolver uma moto nova, que difere de todas as outras e que reflete os valores da MV Agusta”, diz Brian Gillen, líder do projeto Moto2 na fabricante italiana.
O retorno da marca de Varese acontece 42 anos depois de sua despedida campeonato, onde a marca acumula uma linda história, composta por mais de 60 títulos mundiais em diferentes competições, sendo, entre eles, nada menos que 17 campeonatos consecutivos (1956 a 1974) na categoria máxima da época, o Mundial de 500cc. Uma sequência que além de fazer a fama da marca, levou ao estrelato nomes como John Surtees, Mike Hailwood, Phil Read e, claro, Giacomo Agostini.